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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Moçambique exporta capim elefante para o Dubai

A província moçambicana de Manica, centro, vai exportar a partir deste ano capim elefante (Pennisetum purpureum) para o Dubai, escreve a agência Lusa, citando uma fonte oficial.
O capim elefante destina-se principalmente à alimentação de bovinos de leite e equinos, uma vez que o Dubai será um dos líderes na criação destes animais, referiu a fonte da Lusa.
António Vieira, sócio gerente da Vale of Macks, a firma do ramo agrário que deverá exportar o capim para o Dubai, disse que a empresa prevê exportar entre 30 a 150 toneladas de capim por ano para aquele país.
"Numa primeira fase prevemos exportar a semente e depois exportaremos o capim elefante em bruto para Dubai. O país (Emirados Árabes Unidos) está com défice de semente e Moçambique é a porta de esperança para fornecer o capim, e nós comprometemo-nos em faze-lo", disse António Vieira.
Desde a sua criação, em finais de 2006, a empresa tem estado a produzir para ter as reservas suficientes para a exportação.
O capim está a ser cultivado em simultâneo com a Macadâmía, usada para a indústria farmacêutica, de chocolate e de óleos de mesa, numa extensão de 560 hectares e num investimento inicial de 2, 2 milhões de dólares (1,6 milhões de euros).
"A empresa dedica-se à produção da Macadâmía, mas o capim-elefante é recomendado uma vez que optimiza o uso da água do solo, da energia solar e corrige a erosão. Então será uma produção rentável visto que não tem custo específico para a empresa", afirmou António Vieira.
O capim elefante, explicou, tem um alto potencial para uso como fonte alternativa de energia, porque permite obter carvão vegetal. No Brasil é já considerado como uma fonte alternativa de energia.

Fonte: Rádio Moçambique 19/02/2010

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