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sábado, 24 de outubro de 2009

domingo, 11 de outubro de 2009

Chegar ao(s) fundo(s)

A talhe de foice

Por Machado da Graça

Num processo eleitoral em que há quem esteja a tentar ganhar, a toda a força, antes mesmo do dia da votação (A vitória prepara-se, a vitória organiza-se) a credibilidade desce, de dia para dia.
Agora estamos a chegar mesmo ao fundo.
Ou melhor, aos Fundos. Aos Fundos que o Estado de todos nós atribui para a propaganda eleitoral.
O último número do jornal Público trazia na primeira página a divisão do dinheiro pelos diversos partidos:

Frelimo 21 milhões
Renamo 4,8 milhões
MDM 2,7 milhões
PDD 500 mil
RUE 2 milhões
PT 107 mil
ADACD 551 mil
PARENA 84 mil


Ora, estes números levantam várias dúvidas que precisam de ser esclarecidas.
Para começar, a soma de todas estas quantias dá 31 742 000 Meticais, muito longe dos 50 000 000 que foram anunciados. Onde estão os 18 258 000 que faltam?
Depois temos a divisão, propriamente dita. E aí temos o fenómeno estranho de a Renamo receber, se bem percebo, por dois lados: Como Renamo e como RUE (Renamo/União Eleitoral). Esta estranha coisa parece derivar de um dos critérios que a Comissão Nacional de Eleições determinou para a divisão dos Fundos.
A resolução da CNE determina que: O primeiro terço do Fundo destinado às eleições legislativas e ou das assembleias provinciais fica proporcionalmente repartido pelos partidos políticos e coligações de partidos políticos com assento na Assembleia da República (…)
Ora, esta norma cria, à partida, alguma confusão. Porque, para já, não existe nenhum partido político com assento na Assembleia da República. Esta encerrou a legislatura anterior já há uns meses e, portanto, nenhum partido político lá se assenta.
Mas, se colocarmos esse aspecto (que me parece mais uma borrada da CNE) de lado e pensarmos nos partidos e coligações que tiveram assento na legislatura anterior, verificamos que só um é agora concorrente, a Frelimo. A outra bancada que existia, a coligação Renamo/União Eleitoral não concorre às próximas eleições.
Portanto, de acordo com este critério, a Renamo não tem direito a participar desta partilha porque, em tanto que Renamo, não teve assento na última Assembleia da República.
E a coligação Renamo/União Eleitoral também não tem direito porque não é candidata às próximas eleições.
No entanto, apesar disto tudo, a CNE atribuiu Fundos não só à Renamo como também à Renamo/União Eleitoral. Nova borrada da CNE. Com a tentativa dos seus membros (todos da Frelimo e da Renamo) de reservarem para os seus partidos privilégios especiais criaram uma situação totalmente absurda.
Mas vamos dar de barato que não acon¬teceram estas duas borradas e passemos adiante.
Somando as quantias recebidas pela Renamo e pela Renamo/União Eleitoral temos 6,8 milhões de Meticais. Isto é ligeiramente menos de um terço dos 21 milhões da Frelimo. Ora, será isto que a CNE considera ser uma divisão proporcional?
Façamos contas:
Na Assembleia, de 250 lugares, a Frelimo tinha 160 assentos, isto é, 62% dos lugares e a RUE tinha 90 assentos, isto é, 29,7% dos lugares.
Vamos agora somar as quantias recebidas pela Frelimo, a Renamo e a RUE (21 + 4,8 + 2) e ficamos com a quantia de 27,8 milhões a distribuir proporcionalmente pela Frelimo e a pela Renamo.
Ora, 62% dessa quantia são 17,236 milhões (e não 21!) e 29,7% da mesma quantia são 8,25 milhões (e não 6,8!).
Portanto mais uma borrada desta lamentável Comissão Nacional de Eleições.
Quanto ao resto da distribuição pelos outros partidos baseia-se numa fórmula matemática em que não entro porque não quero correr riscos: M = C (x/y).
Em resumo: Já é tanta a porcaria acumulada neste momento que creio que começa a ser necessário pensar se este processo eleitoral deve continuar, dirigido por esta CNE, ou se o devemos interromper desde já e começar tudo de novo.
De que adianta continuar com esta palhaçada se ninguém vai acreditar nos seus resultados, nem sequer os palhaços?

Fonte: SAVANA

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Ladrão é linchado em Nacala-Porto

Um suposto ladrão foi linchado pela furia popular na madrugada desta 4ª feira no bairro de Mocone arredores da cidade de nacala de acordo com Antonio Diogo chefe das operações do comando distrital da policia da republica de Moçambique nesta Cidade, o suposto ladraõ respondia pelo nome de Daniel Mussa aparentemente de 23 anos de idade, natural de Catava Distrito vizinho de Nacala-a-Velha, residia no Bairro de Mocone.

Segundo, Diogo, Daniel mussa foi encontrado inflagrante delito tentando desmontar uma antena parabólica ou melhor multi-choice na residênca de um cidadão de nome Molide Sempre por volta das uma da madrugada.

Diogo disse igualmente que o cidadão foi espancado pelos populares que o contrairam ferimentos graves e mais tarde foi levado ao Hospital geral de Nacala onde veio a perder vida.